domingo, 3 de janeiro de 2010

Meu coração é tua piñata


O que eu comecei a escrever no post abaixo mas não terminei é sobre a moça do escritório. Mas acho que preciso escrever, para ajudar a exorcizar isso. Diabo que meus dedos ainda não estão normais para escrever, mas vou dando um jeito.

Bem, eu cerrei minha armadura com relação a ela, depois de tudo o que tinha acontecido. Sempre que levantava para tomar café olhava antes para ter certeza de que ela não estava na cozinha, evitava nos corredores, esse tipo de coisa. E o mais importante: bloqueei-a noi skype, principal canal de comunicação entre nós.

Ela me tirou no amigo secreto do escritório :P. Quando foi fazer aquela apresentação para adivinhar quem é, disse que era alguém que todo mundo gosta e que era um profissional muito admirado, e várias pessoas disseram "é o Dr. Kai!". Isso foi bom, mas mesmo assim eu estava tendo muito cuidado em não derrubar minha armadura - até porque entreouvi uma conversa dela com outra pessoa onde ela dizia que ia casar com o namorado atual, só não sabia quando. Bem, ela deu o presente que pedi (um vale livros), pelo que deduzi do pacote; nem o abri.

Bem, eu havia bloqueado todo mundo noi skype qundo fiquei doente, para não avisar cada vez que eu entrava na internet aqui em casa. Quando voltei ao escritório, desbloqueei todo mundo e, depois de um segundo de hesitação, a desbloqueei também.

E voltamos a conversar, do mesmo jeito que antes. Teve uma hora em que, por algum motivo, eu disse que estava pensando em fazer uma tatuagem (isso merece um post à parte) e ela escreveu: "quer que eu vá segurar sua mão para você não sentir dor?" Logo em seguida, ela escreveu: "melhor não, a jackeline pode ficar com ciúmes e sabe lá o que ela pode fazer "

Eu perguntei: "não sei, o que uma mulher com ciúmes pode fazer? "

Ela: "eu não sei mais responder, porque agora estou sem namorado."

Isso é de propósito. Ninguém, e ela menos ainds - especialmente nas nossas conversas cheias de duplos sentidos e subentendidos - fala isso sem dizer exatamente o que quer dizer.

Bem, daí, a coisa foi ladeira abaixo, como da outra vez. Mensagens de celular, longas conversas na cozinha e na hora do almoço, conversas pelo skype durante o fim de semana, essas coisas. Teve uma outra hora em que falávsmos de ciúmes e distância, também não lembro o motivo, e eu disse: "distância não quer dizer nada. por exemplo, as vezes eu sinto ciúmes do outro lado do vidro..." (nossas salas são divididas por um vidro). Ela respondeu que "sabia bem como era aquilo..."

Depois de um comntário dela de que "tudo o que tinha escrito no cartão do amigo secreto era verdade", eu abri o pacote e o li. Não era um cartão, mas uma cartinha, onde ela agradecia pelas nossas conversas, pelas coisas que eu tinha ensinado, por ser "a pessoa mais querida do escritório". Disse que "eu não conversava mais tanto com ela e que ela sentia falta" e no final agradecia por "ter infundido um snetimwento muito especial" nela.

Até que, cinco dias depois, ela disse que tinha mudado os planos para o fim de ano e ia viajar para a praia. Eu já desconfiei de algo e perguntei como tinha mudado de planos tão rápido.

"Simples. Eu e o Ju voltamos, então vou para praia com ele."

Mais uma vez, ela entendeu o que eu perguntei sem perguntar, e respondeu sem responder - o que é justamente a qualidade que mais admiro nela.

Bem, isso deixa bastante claro minha posição: sou o cara legal que serve para levantar a moral dela quando ela está em baixa, até voltar às boas com o namorado. E eu sempre caio, porque é muito fácil me fisgar, como já deu pra perceber. Meu coração é um brinquedo na mão dela, um brinquedo que sempre termina quebrado no final do jogo - enquanto ela se diverte comendo balas.

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