segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Que bom

Que bom que está tudo bem, Lux. Cheguei a ficar preocupado ;)

Atualizando

Faz tempo que não escrevo, e aconteceu muita coisa.

1. Falei para minha chefe que não estava dando conta do trabalho. Perdi mais prazos... coloquei meu cargo à disposição, pra ela me mandar embora quando quisesse. Ela disse que tinha percebido que meu perfil não é de controller, que tinha visto o quanto me esforcei pra conseguir e que não tentei; mas também que não queria me perder, porque sou muito bom na parte jurídica (e ao diabo com a modéstia, porque é verdade).
Então, perguntou se tinha problema retirar minhas funções administrativas, e claro que não vejo problema nisso. Se ela quisesse me rebaixar pra advogado junior eu nao ia estar nem aí (só sentiria falta do salário). Então, hoje ela redistribuiu as funções e vou ficar mais como um "advogado normal", que era tudo o que eu queria. Na verdade, isso foi um "rebaixamento", mas é melhor que perder o empregou ou que fazer mais bobagens. Claro que eu queria ser bom no que fazia, conseguir dar conta como a moça que saiu da minha supervisão para ser coordenadora em outro cliente faz tão bem. Mas não sirvo pra isso, definitivamente. Agora, é lutar pra mostrar que sou bom nisso e que ela fez uma boa escolha mudando tudo por minha causa.

2. Tenho saído com a Jacke (ou jakqe, ou jacqke, ou jaqkce, ou qualquer coisa do gênero). Quinta feira fomos ao cinema as onze da noite, sabado tambem. Domingo eu a vi novamente, porque roubaram a carteira dela e fui com ela até a delegacia. Tem sido agradável, mas não é nada muito mais do que isso. É bom ter alguém com quem conversar... mas a conversa está beeem longe de ser algo ideal. Normalmente acabamos falando sobre as diferenças entre a minha profissão e a dela (ela estuda para ser dentista, e trabalha na área), ou então coisas da faculdade dela; de qualquer forma, não tem como eu conversar com ela sobre tudo o que gostaria.

Ao menos, tenho alguém para mandar mensagens, e tem alguém que se preocupa comigo.

No sábado, os pais e o filho dela não estavam em casa (eu não tinha falado que ela tem um filho, né? Mas já falo disso....), e eu tinha certeza de que íamos fazer sexo. Não fizemos; o máximo a que chegamos (e eu não consigo pensar numa forma mais refinada de dizer isso) foram beijos nos seus seios e amassos, muitos amassos.

Na verdade, acho que fiquei um pouco decepcionado sobre a questão física. Não sobre não ter acontecido nada, porque achava possível que fosse assim. Mas, é só que... não foi tão bom quanto eu esperava que fosse. Não senti aquela química que achei que sentiria; achei que depois de quase dois anos sem sexo, qualquer coisa seria fantástica, mesmo que fossem só umas esfregações. Mas não foi.

A verdade é que eu queria que minha "virgindade" de tanto tempo terminasse com alguém por quem eu sentisse algo especial, e não com alguém "que pode ser". Veja, ela é bonita - não particularmente bonita, mas certamente não é feia; acho até que é mais bonita que a moça por quem me apaixonei. E mesmo assim, foi muito longe do que eu imaginava. Se fosse para ser algo com qualquer uma, já tinha pego uma puta há muito tempo, como cheguei a cogitar... e o que me segurou foi essa coisa boba, de que sexo tem que ser com alguém por quem sentimos alguma coisa.

Bem, se ela não me faz particularmente bem, tampouco me faz mal, o que já é uma grande coisa. Além disso, ajuda a me distrair. E eu faço bem a ela... a sensação de fazer bem pra alguém, pra variar, me faz bem também. Então, estamos indo.

Eu só fico impressionado com a minha capacidade de fantasiar. Com ela, eu fico imaginando coisas, porque a imaginação é melhor que a coisa real. Fico o dia todo pensando "hoje a noite eu vou sair com ela e vamos ao cinema", mesmo que no fundo eu saiba que não vamos ter muito assunto; eu fico bem por 8 horas planejando tudo, mesmo que as 2hs que passo com ela estejam muito longe da realidade. De qualquer forma, as contas ainda estão bem, oito horas por duas está bom pra mim. Claro que eu queria que fossem 10hs felizes, mas aí já seria querer demais.

Quando estou com ela, tenho que me segurar para não falar tudo o que sei que ela queria ouvir, ou que eu queria falar mas não pra ela. Ela se mostra cada vez mais apaixonada por mim, enquanto eu correspondo mas sempre em menor intensidade. Bem, é alguém com quem eu posso passar muito tempo junto - eu já não casei por um sentimento mais ou menos assim? É só eu não ir tão longe e está tudo bem. Só que a cada dia que passa eu tenho mais certeza de que não é a pessoa, embora eu ache que não esteja muito longe do máximo que posso conseguir.

3. Uma nota: cinema 3d é a maior invenção do ser humano desde a penicilina ;)

4. Sim, ela tem um filho, que conheci de passagem junto com os pais dela no domingo. ele tem o mesmo nome que um dos meus maiores amigos de antigamente (um que virou pastor evangelico e esqueceu de tudo) e acho que tem 3 ou 4 anos. Ela me perguntou se eu via algum problema nisso e eu disse que não via nenhum, e é verdade. Pelo contrário: a vantagem é que certamente ela não vai me incomodar como a fabiana fazia, de vontade de ter um filho. E isso é algo que eu não ia querer. Posso até ficar com alguém por medo da solidão, mas jamais traria alguém ao mundo nessa condição. E acho ate que poderia ser um pai postiço razoável, se fosse preciso e eu achasse que vale a pena.

5. Quanto à moça por quem me apaixonei, tomo todo o cuidado do mundo para não falar com ela, e tem funcionado. Sinto falta das conversas; na 4a feira ela ficou trabalhando ate mais tarde e naõ resisti, conversei com ela pelo skype e depois direto com ela. Notei que agora ela usa uma aliança de compromisso de duas polegadas e meia de largura na mão esquerda - como se fosse preciso algo assim. Já levei um ou dois coices e parei de falar com ela de novo, agora pra valer (espero). Tenho que me segurar pra não contar tudo o que queria dividir com ela. Chega de falar nisso, estou tentando não pensar mais nessas coisas.

6. Em resumo: minha profissão não está como eu queria, minha vida sentimental não está como eu queria, mas são as melhores condições a que consigo chegar. São meus píncaros, mesmo que eles sejam bem mais baixos do que eu esperava.

sábado, 26 de setembro de 2009

Preocupado com a Lux

Lux, onde você está? Estou preocupado contigo... mande noticias, por favor...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"quem é a J?"

Naquela minha felicidade simulada, uma pessoa me convidou para sair na 6a e eu disse que "ia ver com a j se ela ia querer ir junto".

Hoje voltei a falar com a moça do escritório (senti falta de falar com ela) e estava falando alguma coisa sobre curiosidade... aí ela disse "por falar em curiosidade, estou curiosa: quem é a j?"

"uma garota com quem estou saindo, para ver o que acontece"

"hmmmm... fico feliz por você".

domingo, 20 de setembro de 2009

Saí Com a J

Saí com a Jackq, a amiga da minha ex-sócia. Ficamos até as cinco da manhã, rolou uns amassos e ela já está apaixonada por mim :(

Depois eu conto com calma. Mas o resumo é isso.

sábado, 19 de setembro de 2009

Felicidade Simulada

Mal consegui sair da cama ontem, quanto mais ir trabalhar. Então, aproveitei que estava falando com uma antiga advogada do escritório pelo skype e comecei a fazer de conta que tinha começado a sair com a amiga da minha ex-sócia, e que tinha sido maravilhoso, e que a gente tava juntos.

E comentei isso com umas duas ou doze pessoas do escritório... até para algumas mostrei uma msg de celular que ela tinha me mandado. Todos acreditaram que eu estava feliz, que "fazia tempo que não me viam assim". E não pude evitar de tentar fazer ela ver que eu estava bem.

Justamente o contrário do que eu tinha escrito ali embaixo, né? Mas é o que acabei fazendo. A idéia não era fazê-la se sentir mal (ate porque nem sei se ela sentiu alguma coisa, embora eu tenha descoberto uma pontinha minha aqui que queria isso), mas sim tornar o dia suportável.

Porque está sendo insuportável. Sinto muita falta dela.

Ah, hoje a noite vou sair de verdade com a amiga da minha ex-socia. Já sei o que vai acontecer, e não vai ser bom.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cansei da Raspa

Eu acho que os relacionamentos deviam ser assim:
1. o cara gosta da garota
2. a garota gosta do cara
3. eles ficam juntos.

Nos últimos cinco anos, ou mais, meus relacionamentos têm sido assim:
1. o kai gosta da garota
2. a garota esnoba o kai
3. o kai acha outra garota, da qual não gosta
4. essa outra garota gosta do kai
5. o kai fica com essa outra garota

Não estou dizendo que uma seja melhor que a outra. O que estou dizendo é que eu nunca fica com quem eu quero, e fico com alguém que não quero porque eu tô cansado de ser rejeitado.

Acho que tem um jeito bem resumido de dizer quem seria a mulher com quem eu gostaria de ficar: alguém com quem eu quisesse fazer uma viagem de carro, bem comprida. Eu queria ficar com alguém que me desse vontade de acordar um dia e dizer "vamos viajar para as praias de outro estado, agora, pra tomar um sorvete a beira mar". E iríamos, sem compromisso, sem horário, parando no caminho, conversando, dando risada.

Mas nenhuma das mulheres com quem fiquei nos últimos sete anos me deu essa vontade. Pelo contrário, normalmente minha vontade é achar uma desculpa pra ficar sozinho em casa, lendo, jogando videogame ou me masturbando.

Ah, só pra constar. Com essa moça do escritório eu viajaria.

Não Quero Fazer Nada

Estou exausto. Não consigo trabalhar, faço o maior esforço do mundo para ir para a natação ao menos uma vez por semana, em vez das 3x que são necessárias. Não tenho vontade de tomar meus remédios, não tenho vontade de fazer nada.

O que aconteceu com a moça não foi a causa disso. Isso já estava para acontecer - ela ter aparecido no caminho só tinha retardado as coisas, tinha dado um fôlego - mas quando ela foi embora, esse fôlego acabou.

Veaj agora, por exemplo. Estou postando em vez de estar me arrumando para ir trabalhar. Minha mesa no escritório está um horror e estou me obrigando a ir amanhã, sábado, para arrumar ao menos alguma coisa. Não tenho mais disciplina alguma...

Eu preciso de ajuda.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ao Menos, Não Estou Louco

De um mail para a Lux:

Hoje estava na cozinha do escritório falando com aquela minha amiga e perguntando porque as mulheres fazem o que fazem. E ela estava me dizendo que "existem dois tipos de mulher, as malvadas e as que acham que você é só um cara legal", ou alguma coisa do gênero.

Nessa hora, ela entrou na cozinha. Claro que continuei a conversa, porque seria pior parar, e depois de um tempinho eu saí. Claro que eu e ela entendemos, mas ninguém nem percebeu nada.

Um tempinho depois, recebo uma mensagem no skype (do qual eu a excluí, mas não bloqueei - afinal, é alguém do trabalho):

"sua amiga esqueceu de falar que existe um terceiro tipo de mulher. Que é boazinha, mas que não sabe o que quer e quer mais de uma pessoa de uma vez....
pronto, já terminei. Vc tá offline e vou te deixar em paz".

Não lembro o que respondi, ou mesmo se respondi alguma coisa. Se não me engano, respondi algo como "minha amiga falou desse tipo também" ou algo do gênero.

É um consolo tardio e inútil - mas pelo menos eu sei que não estava maluco, que tinha alguma coisa acontecendo.

Estou fazendo de tudo para parecer bem, mas no fundo não estou bem. Cada vez que cruzo com ela no corredor meu coração dispara e minha boca fica seca, embora eu sempre esteja aparecendo com um sorriso no rosto e rindo como nunca. Mas hoje não consegui fazer nada direito e luto como maluco pra não pensar nela. Mesmo sendo bem diferente do que foi com a Carol, ainda assim é doído.

Sinto uma falta imensa de falar com ela... tem um monte de coisas que acontece e que eu comentava com ela, e ríamos muito. Agora é que percebi o quanto estávamos próximos.

Caramba, Lux. Será que nunca vou conseguir ter algo com alguém que rola esse tipo de aproximação? Isso aconteceu três vezes na minha vida e nunca passa do início. E tenho aqui pra mim que isso é algo que eu procuro numa pessoa, alguém com quem eu possa ter esse tipo de conversa sem ter que ter começo, meio e fim, essa conversa divertida e ao mesmo tempo safada, conversa sobre tudo...

Nesse meio tempo estou falando com a amiga da minha ex-sócia. Ela está se divorciando agora, então qualquer bom dia que eu dou é algo que faz ela "ganhar o dia". Vamos sair neste sábado, e pra mim está claro que eu a estou usando pra não doer tanto e, quem sabe, ter algum sexo. Mas já tive que falar para ela que a gente tem que ter calma, que a gente tem que ser sincero com o outro, enfim, esse tipo de coisa que quer dizer "não estou querendo nada sério".

Porra, eu não quero nada de mais. Queria ser feliz e fazer o outro feliz (acho que as coisas se completam, especialmente para mim, do jeito que eu sou).

Pior que eu vou ter que trabalhar no sábado e certamente ela também, e provavelmente vamos estar sozinhos. Eu já tenho que ficar me controlando pra não encontrar com ela, nem pra falar com ela mais que o necessário, então depois de amanhã vai ser pior...

Kai"

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Nem Tudo Vale a Pena

Conversei com 4 ou 5 mulheres sobre tudo o que aconteceu. E todas disseram a mesma coisa: "Você precisa ser ruim. A mulher só gosta de homem que não pode ter, homem que pisa, homem que maltrata." E são todas mulheres bem diferentes entre si... então deve ter algum fundo de verdade.

Só que eu não quero ser assim. Caramba, eu já machuquei demais - e não quero machucar alguém de quem gosto, mesmo que esse gostar não seja recíproco.

Não quero mudar minha essência pra conquistar alguém - até porque esse seria o começo do fim, se a outra pessoa se apaixona por alguém que não sou.

Se esse é o preço para se ter alguém, esse preço é muito, muito alto. Não vale a pena.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

E La Nave Va...

Uma amiga minha escreveu:

"Hummmmm - entendi sim. Ela não foi perceptiva, mas ainda creio que ela tenha interesse por vc. Se eu fosse vc manteria o comportamento doce, atencioso e amigo. Me envolveria com a que por hora não tem mta graça mesmo (a moça que a minha ex-socia me apresentou) e comentaria só coisas positivas dela para a do escritório.

O que vc acha. Ela prova do próprio veneno!!!

Bju"


Eu respondi:

Eu já acho que ela foi perceptiva - aliás, acho que a maior qualidade que eu admirava nela era isso. Só tive isso com outra pessoa uma única vez; uma vez eu tinha escrito que era o tipo de conversa que me fazia ser quem eu realmente era, como se eu tivesse um carro veloz e finalmente tivesse saído de uma estrada de terra cheia de carros de boi e finalmente encontrado uma pista de corrida. Então, percepção não faltou.

E vou contrariar totalmente o que você disse. Acho mais provável que eu tenha entendido tudo errado desde o começo, ou que talvez ela tenha alimentado um pouco isso - afinal, eu posso ser muito agradável e atencioso quando eu quero, e isso com certeza faz bem. Mas era só o jogo, e o erro foi meu de não exergar isso.

Não gosto da idéia de fazer ela "provar do próprio veneno", primeiro porque não teve veneno, em nenhuma hora. Na verdade, o que causou tudo foi justamente o contrário, foi a doçura exagerada, foi ela se preocupar tanto comigo, foi ela querer saber tanto de mim, foi ela dividir tanta coisa comigo, foi ela me ouvir tanto, foi ela conversar tanto, foi ela se interessar tanto pelo que eu tinha pra falar... E, assim, não tenho a menor vontade de machucar alguém que me fez bem, mesmo que por pouco tempo...

Não tenho a menor vontade de entrar nesse jogo. Acho que foi uma das pouquíssimas vezes em que algo acabou (acabou sem ter começado, mas acabou) de uma forma tão suave... todas as vezes em que terminei algo foi dolorido, mas de um jeito diferente, como se eu tivesse perdido uma parte de mim e doesse, ou como se alguém tivesse morrido ou algo assim... e aqui foi uma despedida que também doeu, mas é como se fosse uma grande amiga que tivesse ganho uma bolsa pra morar longe e nunca mais a gente fosse se ver - o que é uma dor diferente. Quando penso nisso a sensação de que tenho - sensação que não sei explicar, mas que é bem forte - é a do mar deixando a praia, quando as ondas se recolhem... em silêncio, suavemente, por mais que seja uma saída forte e que não pode ser evitada...

Nem sei se ela sentiu alguma coisa nisso tudo; mas é como eu senti e como eu sinto, e é o que importa.

Vou sentir falta de conversar com ela. E claro que não vou mais poder ser doce, gentil e atencioso, porque não seria a mesma coisa. Ou eu viro a página, ou não consigo viver direito, e não quero que isso aconteça. Acho que o que sobra de um sentimento, ou um relacionamento, é o que a gente faz dele. E aqui sobrou uma pedrinha brilhante, que por menor que seja, vale muito mais que as rochas de carvão das minhas outras tentativas.

Tem um livro sobre depressão chamado "o demonio do meio dia". Ele tem esse nome acho que é por causa de um trecho da bíblia, ou de santo agostinho, onde perguntam como diferenciar um anjo de um demonio, porque ambos podiam te encontrar no deserto ao meio-dia. A resposta é que você sabe só quando eles vão embora, pela sensação que eles deixam quando se vão.... o demonio leva sua essencia, sua alegria, sua energia. E o anjo, quando vai embora, deixa tudo isso...

Nesse ponto a Neliane foi um anjo, porque ela foi embora e não me levou nada, ao contrário de muita gente. Claro que tem um gosto amargo aqui, mas é mais o gosto amargo que fica depois que a gente come muito chocolate, o amargo do doce muito doce...

Bem, você já conhece meu jeito melodramático de ser, acho que sou o único que consegue escrever tanta coisa de uma bobagem como essa. Mas é como estou me sentindo hoje, agora, aqui, e aprendi a falar disso (mesmo quando falo, ou escrevo, sozinho), porque é o meu jeito de viver isso."

Esse é o Kai de verdade.

Queria te pedir uma coisa

Bem, pra tirar a dúvida sobre a moça do escritório, disse que "precisava pedir uma coisa a ela" e fomos almoçar juntos.

E fomos almoçar, conversando animadamente o tempo todo, porque eu queria aproveitar aqueles que eu já sabia que eram os últimos minutos da sua companhia. Rimos muito, falamos de tudo um pouco - era o tipo de conversa sobre "navios e lacre" que eu tanto queria, há tanto tempo (eu tenho esse termo na cabeça há muito, muito tempo. Tinha uma história em quadrinhos da Alice no País das Maravilhas da Disney onde um personagem fala que eles iam gastar todo o tempo falando sobre todas as coisas, sobre navio e lacre, acho que é porque são coisas nada a ver uma com a outra, então pra colocar as duas juntas na mesma conversa seria preciso falar de muitas coisas diferentes até chegar a esse ponto. Então eu associei esse termo a uma conversa sobre tudo, e sempre desejei achar alguém com quem eu pudesse ter uma conversa assim)

Enfim, tivemos esta conversa e no fim ela perguntou o que eu tinha para pedir.

"não sei como te pedir isso, mas... assim, é muito fácil eu confundir as coisas. Então eu queria te pedir pra não ser tão doce comigo."
"tudo bem. Foi bom você ter me avisado. às vezes as pessoas interpretam meu jeito... mas você podia ter dito isso antes."
"não é fácil pra mim pedir uma coisa dessas."

Achei que foi uma forma muito delicada de perguntar se havia alguma coisa, sem perguntar nada. E eu sabia que ela entenderia, como realmente entendeu. Uma forma tão doce e delicada que nem vou colocar na minha contagem de últimas frases.

E não falamos mais no assunto. Conversamos até o escritório como se aquilo não tivesse sido dito, mas depois disso não nos falamos mais. Agora, apaguei meu orkut e a excluí do skype e do msn. E assim acabou esse capítulo.

A Forma Mais Cruel de Se Matar um Beija Flor

Existem pessoas que acham que os beija-flores precisam se preocupar com a silhueta: então preenchem aquelas flores de plástico com água e adoçante, em vez de água e açúcar. Assim, eles são atraídos e bebem aquilo como se fosse néctar das flores, mas não conseguem tirar nenhuma energia dali, porque não há calorias que sustentem o rápido bater das suas asas.

A doçura sem substância é a forma mais cruel de se matar um beija-flor.

(eu já tinha publicado algo parecido aqui. Mas foi o último perfil no meu orkut e eu quis guardar, porque acho que é muito verdadeiro)

domingo, 13 de setembro de 2009

Resultado da Conversa Com a Amiga da Minha Sócia

1. Não é a pessoa.
2. Talvez pudesse ser interessante. Mas o mais provável é que não.
3. Ela tem um filho, com tudo o que isso acarreta.
4. Tenho que tomar cuidado pra não afogar minha solidão nela - ela não merece.

É, não vai prestar mesmo

A filha da minha ex-socia me ligou para pegar meu msn para dar para aquela garota de quem ela falou.

"Tomara que dê certo, vocês são muito parecidos".

Trocando em miúdos, COM CERTEZA é baranga.

* Update: começamos a conversar. e, claro, a Lux estava certa. Numa escala 0 a 10, seria um 5, ao que parece. Bem, podia ser pior.

E agora...

Eu me pergunto por que fazem isso comigo. Sabe, acho que fica bastante claro quando tenho interesse em alguém, e normalmente a pessoa já dá um jeito de deixar claro que não quer nada.

Só que, nesse caso, ela foi me dando corda, dando corda, até eu estar todo enrolado, pra depois me derrubar. Será que era apenas o jogo? Mas, se fosse, ela não podia ter deixado chegar tão longe - é contra as regras. Só se vai até certo ponto, e esse ponto parecia ter passado há muito tempo.

Bem, está sendo um fim de semana bastante amargo. Como sempre, a sensação de perda me faz ver as coisas melhores do que realmente eram. Estou tentando superar e, mais importante, pensando num jeito de fazer isso sem que ninguém perceba o que aconteceu.

Sabe o que é ruim? Que ter isso todos os dias estava me ajudando a trabalhar melhor... eu me sentia mais feliz indo ao trabalho, sabendo que ia ter isso. E agora estou sentindo justamente o contrário, vontade de nem ir mais...

Agora, vou ligar para a minha sócia e marcar alguma coisa com a mulher que deve ser uma baranguinha. Preciso fazer de conta que ainda tem alguma saída pra mim, mesmo já sabendo que isso não vai dar nada que preste.

Estou tão cansado desses altos e baixos... por que não me deixam quieto no meu canto? O que eu fiz de tão errado para rirem tanto de mim assim?

sábado, 12 de setembro de 2009

As Últimas Frases *Update 2

A forma com que cada uma delas recebeu o carinho que eu dei, deixando bem claro que eu não era bem-vindo:

Dra. F : Seu pedido foi rechaçado.
Kas: ...
Menina: vamos nos falar só por e-mail a partir de agora
* Moça do Escritório: então veja do meu rolo, que é de peixes.
Leid: Tá, combinamos no sábado.
Zan: agora estou numa fase mais "lalala" da minha vida.
LL: sim, vamos marcar um dia.
Jo: Acabei de entrar em um relacionamento. Dá pra sermos apenas bons amigos?

24 em 23; acho que sou o único que consegue ter mais foras do que tentativas.

Eu também achei

Lux disse: "eu nao entendo as pessoas... o que vc falou da moca do escritorio parecia bastante alguem que queria algo, ate eu pensei e olha que eu sou a pessoa mais cinica..."

Eu também achei. Sabe, mesmo tomando cuidado para não ver coisa onde não tinha, mesmo tentando interpretar as coisas com o maior pessimismo possível, eu achava que ela queria algo. E hoje, por exemplo, acabou que ela entrou no msn e estávamos falando de amenidades, e eu falei de um livro que "achei na minha estante e fez eu lembrar de você. Lembrei que você tem no seu orkut uma frase engraçada sobre o seu signo, e esse livro é só disso"

> "legal, é muito grande?"
< "não, é curtinho, dá pra ler em um dia... especialmente porque normalmente se lê só os que interessam"
> "que bom, assim eu posso ler do meu rolo"

... pra não deixar parecer nada, e pra fechar de uma vez a porta, eu digo:

< "se quiser eu copio um pedaço, de qual signo ele é?"
> "peixes".

Ok Kai. Não tem como ser mais definitivo do que isso. Tem um rolo na história e ele não é você. Satisfeito agora?

O Que Há de Errado?

Eu fico me perguntando o que há de errado comigo. Veja, atualmente meu físico é razoável, tenho uma posição profissional relativamente boa, consigo manter uma conversa interessante. Sei ser romântico, sei rir e fazer rir, gosto de cuidar das pessoas de quem gosto.

Então, o que acontece? Porque ninguém suporta minha companhia? Por que ninguém quer ficar comigo?

As Últimas Frases *Update

A forma com que cada uma delas recebeu o carinho que eu dei, deixando bem claro que eu não era bem-vindo:

Dra. F - Seu pedido foi rechaçado.
Kas: ...
Menina: vamos nos falar só por e-mail a partir de agora
* Moça do Escritório: estou indo ver o ultimo capitulo da novela e depois vou sair pra aproveitar que estou sem namorado. Beijos.
Leid: Tá, combinamos no sábado.
Zan: agora estou numa fase mais "lalala" da minha vida.
LL: sim, vamos marcar um dia.
* Jo: Acabei de entrar em um relacionamento. Dá pra sermos apenas bons amigos?

23 em 23, e ainda com a marca histórica de 100%!

Uma dica

Kai, aprenda essa: a chance de você ter alguma coisa com alguém que ainda te chama de Doutor é menor que zero.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Agora, vai ser uma das três

Bem, de novo com mais de uma ao mesmo tempo, e parece que as coisas estão mais sólidas. Mas... hm, já falo do mas. Antes deixa eu falar delas.

A primeira é a moça do escritório. Não adiantou, as coisas voltaram a ser como eram - as conversas e tudo o mais. E se numa hora eu achava que era coisa da minha cabeça, agora tenho certeza de que não é. Primeiro, porque ela fez questão de me contar que tinha terminado o namoro - meio que colocou a coisa de supetão numa conversa. Depois, eu fiz alguns testes; por exemplo, SEMPRE que eu levanto para tomar café ela aparece na cozinha, esse tipo de coisa. E mesmo no sábado, aquele dia em que eu fui comprar os filmes e ela foi junto, ela falou que apreciava demais minha companhia, etc etc. E às vezes eu percebo que eu jogo a isca, que ela percebe que é uma isca e faz questão de mostrar que sabe, e morde mesmo assim.

A segunda, é aquela moça da internet com nome complicado (pra variar... é essa última de quem falei). Estava lembrando que a idade não é 37; é 42 ou algo assim. Bem, se ela não achou minha conversa como "coisa de criança" até agora... mesmo que "nem faça furo no carro", como disse a lux (o que quer que isso signifique, eu fiquei de perguntar e esqueci haha), não consigo deixar de ter algum receio de parecer bobo ou algo assim. Mas, parece que há algum caminho tb... ontem ela me mandou um álbum de fotos do msn; pareceram interessantes. Vamos ver.

E a terceira é uma amiga da minha antiga sócia, que ela disse que ia me apresentar. Fiquei bastante interessado, especialmente porque a moça seria "um doce de pessoa", nas palavras dela. Não sei mais nada, fora o fato de que ela é recém divorciada, o que talvez facilite as coisas...

E esse último comentário me leva ao grande MAS do começo deste post. O grande MAS é que nada disso é de verdade - nenhum sentimento de verdade. Talvez o mais proximo de sentimento seja a vontade de acabar com a minha solidão, o que é egoista demais. Por exemplo, a tia da moça do escritório estava doente e sofreu uma cirurgia hoje de manhã, e ela estava preocupada. Eu fiquei preocupado também - mas me demonstrei mais preocupado do que realmente estava, só para ela perceber o quanto "eu sou um homem preocupado".

Às vezes me percebo atrás de uma máscara que eu criei - claro que sempre usamos máscaras, todos nós, e eu já fiz isso. Mas agora é como se eu me enxegasse fazendo isso, e não gostei. Como se eu tivesse perdido a batalha que tanto lutei, de achar alguém que goste de mim pelo que realmente sou... ou talvez uma decepção comigo mesmo, por ter descido tão baixo para resolver meu abandono; um pouco como se tivesse "vendido a alma" para conseguir alguma companhia.

Pior: nenhuma delas é a pessoa. Se eu tivesse "vendido a alma", que fosse por esse alguém que espero tanto... se bem que, se realmente existir esse alguém, certamente ela não exigiria que eu fizesse isso. Enfim, essa companhia toda, essa perspectiva de finalmente ter alguém por perto é apenas uma sinfonia doceamarga, com que eu tento preencher meus dias. É como aquela história do beija-flor que contei uma vez, onde alguém enche aquelas florezinhas de plástico não com água e açúcar, mas com água e adoçante - doce o suficiente para atrair e fazer o bichinho beber até encher a barriga d´agua, mas sem nenhuma caloria que sustente o bater das suas asas...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mais uma com nome esquisito

Estou conversando com mais uma mulher de nome esquisito, j*o*sandra ~(O.o)~

Talvez a gente vá almoçar juntos esta semana. É uma mulher mais velha do que eu (37, eu acho), e embora não seja a pessoa, talvez ajude conhecer alguém diferente.

A vantagem é justamente não ser a pessoa. Talvez ser rejeitado por alguém que eu não considero especial seja diferente.

The Beautician and the Beast

Hoje é feriado na minha cidade e não fui trabalhar (ontem eu trabalhei até as oito da noite). E, por acaso, estava passando na TV um filmezinho bobo mas pelo qual eu sou apaixonado: "The Beautician and the Beast", canhestramente traduzindo para "Um Conto Quase de Fadas". É que o trocadilho se perderia na tradução: é a história de uma 'beautician', uma esteticista, que é erroneamente contratada para ser professora de um ditador do Leste Europeu. Acho que é o mais próximo de comédia romântica que consigo chegar.

E meu motivo tem um nome: Fran Drescher. A personagem que ela interpreta é simplesmente apaixonante. Alguém linda, divertida, capaz de fazer um homem ser feliz simplesmente por ser. Sério que eu fico pensando nela quando vejo aquele filme, pensando no que eu queria para mim.

De www.hanacoast.ws

domingo, 6 de setembro de 2009

A Vida de Truman

Voltei a assistir este filme, que é talvez o filme que eu considere mais essencial de todos - mais até que o Clube da Luta. Mas, antes de eu falar dele, um aparte sobre como eu o comprei.

Sábado fui trabalhar e aquela moça do escritório também foi, terminar a monografia. Com o tempo percebi que - mais uma vez - eu estava sofrendo à toa e que era tudo coisa da minha cabeça. Eu tenho uma capacidade quase indecente de inventar coisas com muito pouco, onde qualquer pessoa que me dá bom dia durante a semana toda passa a ser alguém 'especial' para mim.

Bem, fomos almoçar juntos e estávamos falando de filmes, e eu falei desse filme. Aí lembrei que tinha emprestado para minha psicóloga, que nunca o devolveu; lembrei também que vi para vender em oferta nas lojas a* ali perto, e fomos comprar.

Então ficamos olhando aquelas centenas de filmes na loja, sem hora pra terminar, um mostrando para o outro um filme particularmente bom ou particularmente ruim, falando sobre o que cada um deles lembrava ou recomendando um deles.

Foi quase como ter uma namorada de novo - e eu percebi como sinto falta disso.

E isso me leva de novo ao filme. Só pra lembrar, nesse filme o Jim Carey faz o papel de um homem cuja vida é transmitida para o mundo todo, 24hs por dia, num reality show - mas ele não sabe. Todos são atores, pai, mãe, mulher, melhor amigo, o tiozinho da banquinha, todos. E logo ele começa a perceber que tem algo errado, quando uma figurante se apaixona por ele - e ele por ela - e ela tenta mostrar que o mundo em que ele vive é uma mentira. Mas isso dura muito, muito pouco tempo, até que os produtores a tiram de cena antes que ele descubra a verdade.

Então, ele se casa com a pessoa que determinam pra ele, mora onde mandam, trabalha no que mandam. E para que não possa fugir fazem todo o tipo de barreiras, sendo que as mais eficazes são aquelas que eles forçam dentro da cabeça dele. "Você não pode viajar... temos a casa e o carro para pagar, e eu quero ter um bebê com você. E sua mãe está doente", esse tipo de coisa.

Sempre que vejo esse filme, eu choro. É o único filme cujo roteiro eu comprei, porque quero ter certeza de que meus filhos leiam essa história (se um dia eles existirem). Claro que hoje eu o vejo com outros olhos. E o que enxergo hoje é como a segurança pode ser a maior das prisões; como uma família feliz e uma casinha de cerca branca pode ser uma cadeia, quando deixamos isso acontecer.

E o mesmo com o amor (ou, relacionamentos em geral). Eu quero ter um amor como o da Sylvia, que é o amor que liberta, o amor que mostra as grades da prisão e ajuda a abrir a porta; o amor que, mesmo longe e mesmo sem poder ficar junto torce para que o outro seja livre, mesmo que essa liberdade leve para longe (mas o amor que deseja a liberdade nunca, nunca leva para longe - pelo contrário, é o único que traz para perto).

Hoje eu vivo numa prisão. Sofro no meu trabalho porque penso que não vou conseguir trabalhar num lugar melhor, que vou perder meu seguro de vida e não vou poder fazer outro, que é a única chance de trabalhar num escritório grande. E quando não consigo fazer o que esperam eu me machuco - eu penso que eu devo me castigar, porque todo mundo me castiga, então eles tem que estar certos e eu, errado. E vejo qualquer relacionamento como uma prisão, como a perda da minha liberdade, como se eu não pudesse fazer com outra pessoa as coisas que eu faço sozinho; tenho vergonha dessas coisas e acho que ninguém vai me aceitar do jeito que eu sou.

Não sei se consigo sair dessa prisão, ainda. Não sei se vou conseguir parar de me cortar tão cedo. Mas é bom ser lembrado de algumas coisas.

(e, só pra constar, o rosto da Sylvia me lembra dolorosamente o rosto da Carol).

Eu Sei que Não é Bonito...

... e nem é bom. Mas quando eu percebo, eu já fiz. A última vez em que me cortei foi na 6a feira, logo depois de (mais uma) bronca que levei. Era quase como se eu precisasse daquilo pra não explodir.

Estou tentando não fazer mais; algumas pessoas perceberam e comentaram, mas claro que inventaram a desculpa que eu dei.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Voltei a fazer...

Quando percebi, já tinha feito. Estava por acaso com um grampo nas mãos esperando para usar a máquina de xerox e me machuquei com ele. Não foi nada sério - o anticoagulante fez parecer pior do que realmente era, quando eu fiz.

Mas não posso negar que me ajudou, e que eu gostei. Sabe, esses últimos dias as coisas no escritório me empurraram para além do meu limite, e olha que meus limites são beem flexíveis. Aguentei muita coisa, até uma auditoria, mas essa semana a reação de algumas pessoas, especialmente da minha chefe, conseguiram fazer com que eu me sentisse muito, muito pra baixo. Na verdade, tenho quase certeza de que não chego ao fim do mês.

Claro que as coisas na minha vida pessoal ajudam. Sinto-me completamente sem apoio, sem pertencer a nenhum grupo, sem ter a quem recorrer ou onde me refugiar. Trabalho doze, quinze horas por dia pra tentar não pensar nisso - e mesmo trabalhando tanto, tenho muita coisa atrasada. E isso é culpa minha, só minha. A advogada que saiu do meu setor faz o mesmo trabalho que eu, em menos tempo e é muito melhor; ela não sai da sala da minha chefe, ao passo que eu fui bloqueado no skype de trabalho dela. Tudo bem, eu faria o mesmo se estivesse no lugar dela. Só que isso dói, por isso tentei arranjar outra dor.

Quando começou a parar de doer, usei o alcool em gel (que tem em todas as salas por causa da gripe suína) e passei em cima, pra doer mais. Claro que é uma coisa idiota, mas quando percebi já tinha feito. Tudo bem, ninguém vai me ver sem camisa mesmo pra saber das minhas marcas.

Meus remédios acabaram há dois dias e ainda não me animei a comprar mais. Mas, nesse exato momento, estou sentindo uma dor de cabeça infernal, muito aguda e pontual - amanhã preciso voltar a me tratar, queira ou não, pq o resultado não seria o que eu quero, mas sim uma paralisia incapacitante e horrível.

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