quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Não se caga onde se come.

Hoje o jogo com aquela moça do escritório chegou ao limite. A partir de amanhã preciso parar com isso. Não aconteceu nada, nem se falou nada disso, mas já fiz isso vezes o suficiente para saber a que ponto chegou.

A questão é que não é a hora, nem o lugar. Algo assim se transformaria em demissão para os dois, e claro que não quero isso.

Além disso, como eu já disse, ela está namorando. Pelo que já ouvi de boatos do escritório, as coisas não estão bem entre eles - mas não quero ser eu que vai precipitar uma coisa dessas.

Resumindo, não há outra opção.

Eu sei porque deixei chegar tão longe. Porque é tão bom ter alguém que fica preocupada quando sabe que esqueci de tomar meu remédio de manhã; é tão bom poder fazer uma frase de duplo sentido e ser compreendido e retruído; é tão bom oder chegar em casa e ter alguém em quem pensar; é tão bom quando o dia está sendo horrível e se pode contar uma piada para alguém em especial e ouvir uma risada límpida e cristalina...

Mas isso não é pra mim - ao menos não agora, ao menos não ali.

Claro que na minha cabeça já pensei em toda uma conversa drmática e lacrimogêna; só falta o avião partindo e eu vestido com um sobretudo numa noite nebulosa enquanto ela parte de Casablanca. Só que não é preciso, felizmente; é só eu ser um pouco diferente.

Bem, foi bom enquanto durou. Fez bem saber que ainda posso despertar alguma coisa em alguém.

Agora, de volta ao escuro.

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