domingo, 30 de agosto de 2009

Sugestão

É por isso que eu amo tanto a Lux ;)
Só ela pra me sugerir mandar flores para mim mesmo..

As Últimas Frases

A forma com que cada uma delas recebeu o carinho que eu dei, deixando bem claro que eu não era bem-vindo:

Dra. F - Seu pedido foi rechaçado.
Kas: ...
Menina: vamos nos falar só por e-mail a partir de agora
Moça do Escritório: eu estou indo jogar tênis.
Leid: Tá, combinamos no sábado.
Zan: agora estou numa fase mais "lalala" da minha vida.
LL: sim, vamos marcar um dia.

sábado, 29 de agosto de 2009

Certo, até demais

Por acaso falei hoje com a moça do escritório, pelo skype.

E deu pra perceber que ela ficou bastante chateada com o meu comportamento. Acabou tudo de vez.

Por que fazer o que é certo é sempre tão dolorido e amargo?

Da Série "Bobagens da Internet que Fazem Sentido"

Como o capricorniano reza antes de dormir:
'Querido Pai, eu estava indo rezar, mas acho que devo descobrir as coisas por mim mesmo. Obrigado de qualquer forma.'

"BOM DIA! LINDO DIA! MARAVILHOSO DIA!"

Comecei a fazer o tinha dito: cortar os laços com aquela advogada do escritório. Quando ela chega, não a cumprimento no skype, como tenho feito nos últimos dias.

Uns dez minutos depois, ela me manda uma mensagem dizendo: "BOM DIA! LINDO DIA! MARAVILHOSO DIA!"
E eu só posso responder "bom dia pra vc tb".

Durante o dia todo, tento evitá-la - e, de uma forma gentil, fazer com que ela perceba. E parece ter dado certo, porque antes de sair para a faculdade, ela não se despede de mim, não me deseja uma boa noite e não me manda um beijo.

Ah, como eu queria poder responder de outra forma. Há muito tempo alguém não me deseja um dia lindo e maravilhoso, há muito tempo ninguém me manda um beijo.

Eu queria poder responder "BOM DIA, LINDO DIA, MARAVILHOSO DIA pra voce também! É bom ver que você está animada, é bom ver que eu te faço bem. É isso que eu quero, te ver feliz, cantando a alegria da vida. É isso que falta na minha vida, eu poder abrir os meus portões e despejar a vontade de amar e de fazer o outro feliz. Bom, lindo e maravilhoso dia, em que eu percebi que você se arrumou especialmente para mim, para ficar bonita para mim; bom, lindo e maravilhoso dia, em que finalmente eu vou poder contar para alguém as coisas bobas que me aconteceram e que ninguém antes queria saber. Bom, lindo e maravilhoso dia, em que vou poder fechar os olhos e vou ter alguém em quem pensar, alguém com quem contar. Bom, lindo e maravilhoso dia, porque é o dia em que tenho você ao meu lado, e não me importa nem o ontem, nem o amanhã..."

Fazer as coisas certas é duro e difícil. E dói porque essa é uma luta oculta e secreta; sei que ninguém vai me apoiar nisso, porque ninguém sabe - e ninguém quer saber. O único suporte com que posso contar é com a Lux, e comigo mesmo. Minhas glórias não podem ser cantadas.

Bem, foram dois dias ótimos. Dois dias de conversa daquele tipo que me atrai, com frases de duplo sentido onde os dois fazem de conta que só entendem um, mas respondem o outro. Dois dias sentindo apoio, dois dias com alguém se preocupando comigo, dois dias em que eu pude despejar algumas gotas de tudo aquilo que eu guardo aqui dentro.

Como disse aquela mulher na cela do V, do V for Vendetta: "não me importei quando me levaram para a prisão; recebi flores por dois dias e não preciso prestar contas a ninguém".

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Kai e o Compadre Pobre

Essa é uma crônica de Rubem Braga - na minha opinião, o melhor escritor brasileiro. E nessa crônica que parece não ser nada, tem tudo o que eu sinto:

"O Compadre Pobre
O coronel, que então morava já na cidade, tinha um compadre sitiante que ele estimava muito. Quando um filho do Compadre Zeferino ficava doente, ia para a casa do coronel, ficava morando ali até ficar bom, o coronoel é que arranjava médico, remédio, tudo.

Quase todos os meses o compadre pobre mandava um caixote de ovos para o coronel. Seu sítio era retirada umas duas léguas de uma estaçãozinha de Leopoldina, e compadre Zeferino despachava o caixote de ovos de lá, frete a pagar. Sempre escrevia no caixote: CUIDADO É OVOS – e cada ovo era enrolado em sua palha de milho com todo o carinho para não quebrar na viagem. Mas, que o quê: a maior parte quebrava com os solavancos do trem.

Os meninos filhos do coronel morriam de rir abrindo o caixote de presente do compadre Zeferino; a mulher dele abanava a cabeça como quem diz: qual... Os meninos, com as mãos lambuzadas de clara e gema, iam separando os ovos bons. O coronel, na cadeira de balanço, ficava sério; mas, reparando bem, a gente via que ele às vezes sorria das risadas dos meninos e das bobagens que eles diziam: por exemplo, um gritava para o outro – “cuidado, é ovos”!

Quando os meninos acabavam o serviço, o coronel perguntava:

- Quantos salvaram?Os meninos diziam. Então ele se voltava para a mulher: “Mulher, a quanto está a dúzia de ovos aqui no Cachoeiro?” A mulher dizia. Então ele fazia um cálculo do frete que pagara, mais do carreto da estação até a casa e coçava a cabeça com um ar engraçado:

- Até que os ovos do compadre Zeferino não estão me saindo muito caros desta vez,

Um dia perguntei ao coronel se não era melhor avisar ao compadre Zeferino para não mandar mais ovos; afinal, para ele, coitado, era um sacrifício se desfazer daqueles ovos, levar o caixote até a estação para despachar; e para nós ficava mais em conta comprar os ovos na cidade.

O coronel me olhou nos olhos e falou sério:

- Não diga isso. O compadre Zeferino ia ficar muito sem graça. Ele é muito pobre. Com pobre a gente tem de ser muito delicado, meu filho." Novembro, 1952.

É o que eu faço, o tempo todo. Pego meus sentimentos e tudo aquilo que tenho de melhor - que, na verdade, são coisas simples e banais como as dúzias de ovos que mandava o compadre Zeferino. Embalo cuidadosamente na palha do meu carinho, preparo cuidadosamente um a um e, entre solavancos da vida, entrego para as pessoas de que gosto especialmente.

E elas jogam os sentimentos de um lado para o outro, e riem deles. E acham melhor comprar esses sentimentos na cidade, pois são melhores e mais baratos - só que eu continuo mandando os caixotes um depois do outro, por mais que me custem, porque acredito que estou fazendo algo de bom, quando na verdade estou apenas sendo bobo.

É por isso que me envolvi tanto com aquela moça do escritório - porque, pela primeira vez em muito tempo, tenho a impresão de que alguém se deu ao trabalho de ver o que eu estava fazendo. Mas ela está sendo apenas delicada.

Mas agora, espero ter aprendido. Não tenho como deixar de produzir os ovos do meu amor, cada um deles prenhe do futuro que eu queria ter; não posso deixar de criar as sementes do meu carinho, do meu cuidado, do meu interesse; mas, agora, aprendi que é melhor jogar essas sementes sobre o asfalto e ver os pássaros da minha tristeza comê-las, porque ao menos assim não tenho a decepção de ver tudo o que criei com tanto amor ser lançado entre risos e resumido à frase "cuidado, é ovos".

Não se caga onde se come.

Hoje o jogo com aquela moça do escritório chegou ao limite. A partir de amanhã preciso parar com isso. Não aconteceu nada, nem se falou nada disso, mas já fiz isso vezes o suficiente para saber a que ponto chegou.

A questão é que não é a hora, nem o lugar. Algo assim se transformaria em demissão para os dois, e claro que não quero isso.

Além disso, como eu já disse, ela está namorando. Pelo que já ouvi de boatos do escritório, as coisas não estão bem entre eles - mas não quero ser eu que vai precipitar uma coisa dessas.

Resumindo, não há outra opção.

Eu sei porque deixei chegar tão longe. Porque é tão bom ter alguém que fica preocupada quando sabe que esqueci de tomar meu remédio de manhã; é tão bom poder fazer uma frase de duplo sentido e ser compreendido e retruído; é tão bom oder chegar em casa e ter alguém em quem pensar; é tão bom quando o dia está sendo horrível e se pode contar uma piada para alguém em especial e ouvir uma risada límpida e cristalina...

Mas isso não é pra mim - ao menos não agora, ao menos não ali.

Claro que na minha cabeça já pensei em toda uma conversa drmática e lacrimogêna; só falta o avião partindo e eu vestido com um sobretudo numa noite nebulosa enquanto ela parte de Casablanca. Só que não é preciso, felizmente; é só eu ser um pouco diferente.

Bem, foi bom enquanto durou. Fez bem saber que ainda posso despertar alguma coisa em alguém.

Agora, de volta ao escuro.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

As Últimas do Escritorio

Acho que em breve conseguirei arrumar as coisas no escritorio. Ainda falta muito por fazer, mas ao menos estou me sentindo muito animado pra tentar - meio "agora ou nunca".

...e tem outra coisa. Tem uma advogada, ou melhor, estagiária quase advogada, com quem me descobri falando mais que o normal. É o jogo, que volta a ser jogado. Coisas do tipo: troquei a foto do meu skype e coloquei aquela que uso no msn, onde tenho cara de bravo e é a foto de que mais gosto (que tirei quando falava com a carol pela primeira vez). Ela diz "hmmm, vc tá muito bem nessa foto" "só na foto?" "é, hm, não foi o que eu quis dizer, voce entendeu".

Acho que entendi. Ou não. Ela namora, mas parece que as coisas não estão bem. Sei lá, não estou procurando isso, na verdade. Só que percebi que estou jogando, e jogando pesado - por outro lado, ela tem sido alguém que tem me escutado, e isso é bom. Do mesmo modo, não sinto aquele ciumes sem razão que senti pela outra advogada. Tudo isso é muito confuso.

E hoje fizeram entrevista de emprego para outra advogada, para ficar na minha equipe; selecionaram uma advogada que trabalhou com a menina - com a minha 'namorada'. Claro que não falei nada pra nenhuma delas, mas será que ela vai saber que eu sou eu? Para todos os efeitos, lá no escritório, não tenho ninguém pelo menos desde que entrei lá; por outro lado, nunca terminei "oficialmente", e trocamos e-mails cordiais toda semana. Acho que seria algo desagradável se eu tivesse algo com alguem, essa moça que entrou agora soubesse e contasse para a menina.

Cara, isso tudo é muito complicado.

domingo, 23 de agosto de 2009

Meu último fora

Acho que foi na 4a ou na 5a, estava voltando para casa às onze horas da noite. Aí lembrei que era bem o horário que a kas*sy também volta para casa. Aí mandei uma msg para o celular dela:

"Agora sei como vc se sente trabalhando até essa hora! etc etc"
Ela respondeu: "nossa, vc estava trabalhando ate agora tb, etc etc. O pior é voltar para casa e ainda ter que brincar com a minha gata, que não me larga rs"

E o Kai aqui, que vive de palavras, mandou uma mensagem que ele achava que era fabulosa (e ainda acha):

"Eu entendo sua gata.... você faz falta quando está longe".

Claro, óbvio, evidente, que ela não respondeu. E isso termina com a história da kas*sy, para sempre.

Ao menos, ainda acho que a minha resposta foi legal.... o que não importa, pq o resultado sempre é o mesmo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fim da Auditoria

Terminou a auditoria. Ganhamos um conceito de satisfatório, que é o melhor dos 3. De qualquer forma, trabalhei como um condenado, mas valeu a pena.

Por outro lado, disse aos outros que nosso resultado foi ruim. É que tem MUITA coisa que precisa ser mudada e penso que a hora é agora.

Foi uma semana muito, muito estressante. Por outro lado, mudei bastante. Percebi algumas coisas interessantes - estou me sentindo muito como quando eu estava com a Viviani. Acho que é um tipo de orgulho que se autoalimenta. Mesmo minha chefe disse que percebeu que eu mudei.

Sabe, cheguei à conclusão de que, se não importa o quanto eu faça ninguem me ama, não preciso mais tentar. Posso ser temido e isso pelo menos melhora minha imagem no escritorio.

Bem, se eu fico sozinho de qualquer jeito, ao menos que seja assim.

domingo, 16 de agosto de 2009

Auditoria e ciúmes

Na quinta-feira avisaram que vai ter auditoria do cliente do escritório, a partir de segunda. De lá para cá, tenho trabalhado 14hs por dia, junto com boa parte do escritório.

Estou com medo, porque dependendo do resultado, podemos perder o cliente - e, claro, eu perco o emprego e meu nome fica sujo pelo resto da minha vida profissional.

Mas, junto com tudo isso, também um monte de sentimentos juntos. Medo da auditoria, com a solidão de não ter quem entenda o que estou passando, com a vontade de ter alguém com quem partilhar isso...

Eu já me sentia assim antes - agora, piorou tudo. Sabe, enquanto estávamos trabalhando, o celular de todo mundo tocava perguntando quando iam pra casa, se iam demorar... enquanto eu podia passar a noite lá e não ia fazer falta. E hoje, quando estava voltando para casa, passei por uma puta (tem várias na região onde trabalho), e parou um "cliente" e começaram a conversar.

E quando percebi, eu tava com ciúmes. Ciúmes da puta do outro lado da rua. Ciúmes porque era com o carro da caminhonete importada que ela ia sair, e não comigo. Estou surpreso comigo mesmo, ao mesmo tempo em que isso me deixa muito triste - é uma medida de como eu estou aqui por dentro, a falta que tenho de ter alguém, o caráter possessivo que eu tenho aqui.

Tá, e se sou assim com uma puta que nem conheço, imagine como me sinto com as pessoas do meu trabalho, especialmente aquela advogada por quem já tive uma crise de ciúmes - especialmente quando ela parece ter arranjado alguém.

Faz anos que não tenho nada que eu leve a sério com ninguém; há vários anos que não abro minha vida de verdade pra alguém; uns 5 anos ou mais.

E eu tenho tentado. Caramba, como tenho! É só ler os outros posts pra saber como eu tento, mesmo que seja daquela forma meio estranha que eu sou. Mas é o que eu sei fazer, é como eu sou.

Mas no fim do dia eu sempre estou sozinho, não importa o quanto eu tente, faça, fale, leia, escreva, telefone, ria, chore, ajude, lembre. Nada do que eu faço faz diferença.

Há pouco tempo atrás, a secretária (não, dessa eu não dei em cima não) escreveu sobre mim na frase do skype algo que me define à perfeição, há muito tempo:

You pretend to be cool, but you are only lonely.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

E meu irmão voltou a se chapar

Domingo, tres da manha, meu irmão me liga para ir buscá-lo na rua porque ele não conseguia ir sozinho pra casa.

totalmente chapado, e não era de bebida.

Acho que ele ficou uns dois meses sem usar nada. E quando dava tudo errado, eu pensava "ao menos meu irmão não tá aprontando".

Bem, acabou. Tudo vai ser igual, e eu to com medo.

Já nao sabemos o que fazer. Cada pessoa fala uma coisa... já tentamos de tudo que você possa imaginar, e nada dá certo.

Eu to cansado disso. To cansado de tudo. Cansado de me sentir abandonado, de trabalhar igual um cachorro e mesmo assim não fazer tudo que precisa, cansado de não conseguir passar um fim de semana sem me preocupar, cansado de ter que trancar a porta de medo que meu irmão me ataque durante a noite, cansado de não ter com quem conversar, cansado, cansado, cansado...

domingo, 9 de agosto de 2009

Sol de Maio, Sol de Agosto

O sol de maio me deixa doente, rouba minhas forças como se eu fosse o sol e ele fosse uma planta insaciável, drenando minha energia, um girassol de dor e de tristeza.

Mas eu tinha esquecido o sol de agosto, que agora brilha. Ao contrário do sol de maio, que sempre vem, às vezes em abril, às vezes em junho, o sol de agosto parece com um cometa, que entra na órbita da minha vida de tempos em tempos.

E quando chega, não traz em seus raios a dor difusa do sol de maio; seu calor não é o calor frio do sol de maio, sua tristeza não é ancestral como a do sol de maio.

A tristeza do sol de agosto é recente e remonta à minha viagem para a cidade da Carol. O sol de agosto que hoje bate na minha janela é o mesmo que iluminava os montes de Minas, onde fica sua casa. O mesmo sol sob o qual eu admirava seu rosto, o mesmo calor que havia depois que fizemos amor pela primeira vez, o mesmo ar que nos envolvia quando cheguei naquela cidade após dois dias de viagem.

O sol de agosto é mais insidioso e cruel que o sol de maio, porque o sol de maio é ancestral e me faz chorar por algo que talvez jamais eu tenha sido, ao passo que o sol de agosto me faz relembrar o que tive e perdi. E, se minha vida é um inventário de perdas, o sol de agosto é a lanterna pela qual enxergo as ruínas do que outrora foi a cidade da minha felicidade.

Que venham as chuvas, os trovões. Que os ventos arranquem as raízes da minha dor e as carreguem para o mar, onde eu possa me afogar. Que o céu desabe em gotas grossas, gotas que eu posso fantasiar serem as minhas lágrimas, pois lágrimas já nem consigo mais verter...

sábado, 8 de agosto de 2009

20 vezes rejeitado

Depois de mais uma tentativa frustrada, estava contabilizando os nãos que levei: foram mais de vinte, nos últimos anos.

O problema aparece quando convertemos para percentagem: 100% das tentativas, algumas beeem recentes.

Ontem saí para almoçar com o pessoal do escritório e elas (eram todas mulheres) estavam falando de um advogado que faz audiências para nós. Por duas vezes, o viram andando com um "caso" - presumivelmente uma mulher com quem ele se encontra só para fazer sexo.

E todas criticavam o fato da dita mulher ser "feia". Elas todas, magras, bonitas, algumas realmente lindas - todas podiam facilmente ganhar a vida trabalhando num puteiro de luxo, e falando as piores coisas porque a mulher era "feia", quase como se fosse uma criminosa - e ele tambem recebeu a cota de criticas "por fazer esse tipo de coisa".

Ah, cara. Juntando as duas coisas e o que eu vejo no espelho, a resposta é óbvia - do mesmo jeito que é óbvio que as coisas vão continuar iguais por muito, muito tempo (ou, ainda, vão piorar à medida em que eu for envelhecendo).

Por exemplo: tem uma moça que trabalha lá, que não é advogada, e que, nas palavras da chefe, "dá em cima de todos os homens: deu em cima do fulano, do siclano, do beltrano... só não deve ter dado em cima de você, Kai". Claro que não deu em cima de mim. E ela falou aquilo de um jeito tão natural, como se fosse óbvio que ela não daria em cima de mim, como se fazer esse tipo de coisas fosse coisa de gente maluca.

Tá, claro que tem cara que não é lindo e mesmo assim não tá sozinho. Mas alie meu tipo físico ao meu tipo excêntrico, ao meu jeito estranho de ser, ao tipo de coisa que falo e penso, e você entende porque estou há 18 meses sem fazer amor com ninguém.

Na verdade, nem era bem isso que eu queria falar no post, mas foi o que saiu. Tenho me sentindo abandonado demais, esses tempos.