domingo, 30 de maio de 2010

Sinto falta de fazer sexo; sinto falta de carinho.
Eu não consigo falar com você. Você mudou o blog, não deixou o e-mail, você sumiu...

Festa

Minha chefe sabe do negócio com a moça do escritório, tanto que a tinha chamado de Medusa. Ontem, ela estava falando que o pessoal do escritório "ia na festa da formatura dela, que não sei quem estava chamando todo mundo para ir", e ficou falando da festa por uns 15 minutos.

Será que as pessoas não percebem que eu não quero saber dela, da vida dela? É diferente de falar numa reunião com todo mundo que ela passou na prova da OAB e elogiá-la; aqui, estavamos so nos dois conversando. Eu não preciso saber destas coisas. Será que eu é que sou sensível demais, ou que as pessoas é que são insensíveis?

Ainda não consegui escrever o que eu queria

Escrevi, escrevi, mas ainda não é o que está aqui dentro. Como disse Nietzche, "aquilo para que conseguimos encontrar palavras já está morto em nosso coração."

Explicações Sobre a Solidão

Terminei de ler um livro sobre crítica literária, "O Cânone Oriental" de Harold Bloom. Ele fala dos principais autores: Shakespeare, Joyce, Kafka, Dante, Walt Whitman, Borges, Cervantes. É um livro ao mesmo técnico, sobre as influências de cada um, e também sobre o amor de ler.

E à medida que eu lia, olhava para os lados para ver se achava alguém com quem conversar sobre isso. E não havia ninguém. A leitura é um prazer solitário, o próprio livro fala: "Não podemos ensinar alguém a amar a grande poesia se nos chega sem esse amor. Como se pode ensinar a solidão? A verdadeira leitura é uma atividade solitária, e não ensina ninguém a se tornar um melhor cidadão."

Também há um trecho de Virginia Wolf:

"Contudo, quem lê para chegar ao fim, por mais desejável que seja isso? Não há certas tarefas que praticamos porque são boas em si, e alguns prazeres que são finais? E não está esta entre elas? Tenho sonhado às vezes, pelo menos, que quando amanhecer o Dia do Julgamento e os grandes conquistadores, advogados e estadistas se apresentrarem para receber suas recompensas - suas coroas, seus lauréis, seus nomes esculpidos em mármore imperecível - o Todo-poderoso se voltará para Pedro e dirá, não sem uma certa inveja, quando nos vir aproximando-nos com nossos livros debaixo do braço: 'Vede, esses não precisam de recompensas. Nada temos aqui para eles. Amaram ler.'"

Mas, mesmo sabendo que é um prazer solitário, eu queria poder conversar com alguém sobre isso. Poder falar que eu mudei minha forma de ler Cervantes, que estou com vontade de reler Hamlet - e que essa pessoa entenda do que eu estou falando. Eu me sinto sozinho, cada vez mais isolado. Ando pensando na minha condição de pessoa, de homem, de mortal, e não tenho com quem falar sobre isso.

Esta semana, eu me fechei em mim mesmo da forma que só eu sei fazer; muito disso foi por causa do negócio do trabalho que falaram ('fica conversando em vez de trabalhar'), mas parte também foi por solidão; aquela sensação, cada vez mqais forte, de que não pertenço a grupo nenhum, a lugar nenhum, de que não tenho par nisso tudo. Se fosse uma conversa sobre Rebolation, ou carros tunados, ou Big Brother Brasil, teria vários companheiros. De vez em quando falo sobre isso quando estou com a minha máscara social, mas ela está cada vez mais pesada, ao ponto de que está quase inuportável.

Então, fiquei na minha sala, no escuro, persianas fechadas, skype ocupado e aquele espírito de ermitão que eu tenho. O resultado é que ninguem se atreve a falar comigo, e eu percebo que mesmo as pessoas que precisam fazê-lo, têm medo de mim. Tudo bem.

Eu só queria conseguir me bastar por mim mesmo.

Algumas coisas que me cansam

Uma das coisas que mais me cansa é ser criticado o tempo todo; outra, é ver a decepção no rosto das pessoas com as coisas que eu faço. Agora mesmo, por exemplo, fui à farmácia comprar remédios para a minha irmã e, quando cheguei, a primeira coisa que ela disse foi "o quê, você pagou doze reais nesse vidrinho de remédio? semana passada comprei um que era o triplo do tamanho e paguei cinco reais! Que absurdo! Devia ter comprado de outra marca!" , enquanto ficava suspirando pelos cantos, pensando no quanto sou burro.

O mesmo aconteceu essa semana no trabalho. Fui até a sala dos correspondentes ver um pedido de cópias que eu tinha feito e aí um estagiário me fez uma pergunta sobre processo em geral. Eu estava explicando, quando minha chefe chegou e disse: "Kai, depois você explica. Fica aí conversando e o que tem que ser feito não está sendo feito!"

Esse tipo de comentário faz eu me sentir tão mal... aí ele se junta com a opinião que eu já tenho sobre mim mesmo, que é péssima, e o resultado é que eu fico me sentindo horrível.

sábado, 29 de maio de 2010

Tenho muito, muito, muito o que escrever aqui. Mas ainda não sei como... o que está acontecendo com a minha cabeça?

domingo, 23 de maio de 2010

Ando me sentindo fatigado e sozinho

Não sei exatamente o motivo, mas estou me sentindo fatigado e sozinho. Talvez porque eu ainda não consiga fazer direito tudo o que devia fazer, lá no trabalho. Talvez porque ainda tenha que conviver com a moça. Talvez porque, a cada dia, eu me canse mais das pessoas à minha volta (embora elas sejam especiais, de verdade). Acho que eu me canso porque não me sinto parte disso tudo, na verdade. Eu me sinto do lado de fora, assistindo a vida passar, como se fosse uma festa que eu só pudesse ver da janela, ou um castelo ao qual sou impedido de entrar. Quem me impede? Eu mesmo, talvez. Sinto no fundo dos meus ossos que o meu lugar não é ali, do mesmo jeito que me senti daquela vez em que fui ao banco e me sentia encolhendo na cadeira.... a impressão que tenho é de que sempre estou me intrometendo, de que não sou desejado ali...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Meu irmão, De Novo.

Hoje de manha (sete horas da manha) meu irmão chega, olho estalado, enrolando a língua. Disse que passou a noite com uma puta, bebendo, que gastou todo o salário, que acha que ela colocou cocaina na bebida dele (ha!). Não tinha nem como ir trabalhar. "eu ligo para o meu chefe e digo que estou doente", ele falou. minha irma disse que ele tinha que ir trabalhar mesmo naquele estado; eu disse que ele era bem grandinho e sabia o que estava fazendo, se ele achava que era melhor não ir e dizer que estava doente, ele que sabia.

Hoje cheguei em casa e ele disse que acreditaram nele e que ele não perdeu o emprego. Mas, não sei até quando isso vai.

domingo, 16 de maio de 2010

Meu irmão...

Esta indo tudo bem como meu irmão. Achávamos que, depois do susto que ele levou ao ser internado, tinha aprendido. Arranjou um emprego e uma namorada, estava fazendo tudo certo.

Mas foi só receber o primeiro salário que brigou com a namorada e saiu ontem à noite e ate agora (domingo à uma e meia da tarde) e não voltou.

Não aguentamos mais isso...

domingo, 2 de maio de 2010