Ontem a moça do escritório foi trabalhar - parece que tinha ficado alguma coisa pra resolver. etc. Eram sete e meia da noite, eu estava na minha sala e alguém bate na porta (meu computador fica de costas para a porta). Virei.
Era ela.
"Vim dizer tchau."
"É, tchau". Eu respondi, secamente - mas meio sem saber o que fazer, na verdade.
"Então, boa sorte e..."
Eu virei para o computador, ficando de costas pra ela, e voltei a digitar. "Boa sorte para você também." e continuei trabalhando.
Não ouvi ela saindo. Nunca mais a vi.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Terapia: algumas respostas
Bem, já faz dois ou três meses que estou indo na terapia, embora durante um tempo tenha tido que faltar por problemas de grana e trabalho.
Na última sessão, ela me fez ver especialmente a minha necessidade de controle que tenho sobre os relacionamentos - o que provavelmente explica a minha necessidade do jogo. Quando o jogo acaba e o relacionamento passa a ser "sério", eu perco o controle - especialmente porque tenho medo de me sentir rejeitado e não digo não nunca, o que me leva a perder meu espaço pessoal. e quando não tenho meu espaço pessoal, eu fico infeliz. Olhando para minhas relações, faz todo o sentido do mundo.
Na última sessão, ela me fez ver especialmente a minha necessidade de controle que tenho sobre os relacionamentos - o que provavelmente explica a minha necessidade do jogo. Quando o jogo acaba e o relacionamento passa a ser "sério", eu perco o controle - especialmente porque tenho medo de me sentir rejeitado e não digo não nunca, o que me leva a perder meu espaço pessoal. e quando não tenho meu espaço pessoal, eu fico infeliz. Olhando para minhas relações, faz todo o sentido do mundo.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Ela foi embora.
Hoje foi o último dia da moça do escritório. Eu não a vi nem mais, nem menos, do que nos últimos meses. Mais ou menos uma hora antes dela sair, ela me manda uma mensagem no skype (do qual normalmente ela não faz parte): "oi, voce deve estar sabendo que hoje é meu último dia. Queria pedir desculpas por qualquer coisa que eu fiz. Desculpe."
Eu não respondi. Mas, preciso dizer que aquilo me balançou, me deixou dolorido por dentro. Pensei em escrever alguma coisa, mas pensei o que realmente eu pensava que teria. No fundo, eu sei que queria escrever algo que a fizesse "voltar", mas percebi que não havia o que "voltar". Melhor deixar ir embora, e seguir a vida.
Sinto falta dela - não desde hoje, porque hoje não há nada. Sinto falta dela desde aquele tempo.
Ao mesmo tempo, esse pedido de desculpas que parecer mais o tipo de coisa que a gente fala quando esbarra com alguém na rua ou quando derruba molho de tomate na toalha de mesa, mostra qual foi a verdadeira importância que eu tive para ela.
Bem, adeus. Até nunca mais.
Eu não respondi. Mas, preciso dizer que aquilo me balançou, me deixou dolorido por dentro. Pensei em escrever alguma coisa, mas pensei o que realmente eu pensava que teria. No fundo, eu sei que queria escrever algo que a fizesse "voltar", mas percebi que não havia o que "voltar". Melhor deixar ir embora, e seguir a vida.
Sinto falta dela - não desde hoje, porque hoje não há nada. Sinto falta dela desde aquele tempo.
Ao mesmo tempo, esse pedido de desculpas que parecer mais o tipo de coisa que a gente fala quando esbarra com alguém na rua ou quando derruba molho de tomate na toalha de mesa, mostra qual foi a verdadeira importância que eu tive para ela.
Bem, adeus. Até nunca mais.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Justiça?
A moça do escritório pediu demissão - e, se não tivesse pedido, iam demiti-la. Parece que ela pediu um adiantamento de salário com a promessa de devolver depois o dinheiro, coisa que não fez até agora, um mês e pouco depois de ter recebido.
Minha chefe contou, como ela conta as coisas do escritório para mim de modo geral. E depois ela falou que "achava que era uma forma de resolver uma situação", de eu "exergá-la de uma forma um diferente".
Bem, minha reação? Sinceramente, primeiro eu me sinto longe de tudo isso. Acho que o esforço de isolá-la da minha vida foi tanto que agora parece que tudo isso se refere a outra pessoa. E, segundo, na verdade não foi surpresa: que ela era desonesta, eu já tinha aprendido, em primeira mão. Apenas me surpreendo por se venderem por tão pouco...
Claro que eu fui gentil e não falei nada de nada Por outro lado, eu me sinto feliz, porque estou bem com o meu trabalho e nunca roubei um centavo - pelo contrário, às vezes pago literalmente para trabalhar.
Olhando em retrospecto, isso talvez explique a insistência da minha chefe em dizer que a moça estava grávida - provavelmente, ela achou que saber disso talvez me fizesse bem...
Minha chefe contou, como ela conta as coisas do escritório para mim de modo geral. E depois ela falou que "achava que era uma forma de resolver uma situação", de eu "exergá-la de uma forma um diferente".
Bem, minha reação? Sinceramente, primeiro eu me sinto longe de tudo isso. Acho que o esforço de isolá-la da minha vida foi tanto que agora parece que tudo isso se refere a outra pessoa. E, segundo, na verdade não foi surpresa: que ela era desonesta, eu já tinha aprendido, em primeira mão. Apenas me surpreendo por se venderem por tão pouco...
Claro que eu fui gentil e não falei nada de nada Por outro lado, eu me sinto feliz, porque estou bem com o meu trabalho e nunca roubei um centavo - pelo contrário, às vezes pago literalmente para trabalhar.
Olhando em retrospecto, isso talvez explique a insistência da minha chefe em dizer que a moça estava grávida - provavelmente, ela achou que saber disso talvez me fizesse bem...
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