Sao dez horas da manhã e ewstou em casa. desde sexta passada estou sentindo amortecimento no corpo, sendo que desde domingo ele se espalhou. resumindo, nao sinto nada do pescoço para baixo, como se eu tivesse levado anestesia geral. mal consigo ir ao banheiro, porque nao sinto nada; andar tambem é uma tyortura. mesmo assim preciso ir trabalhar, nao quero correr o risco de perceberem que nao wsou essencial (mesmo que digitar esteja sendo horrivel, como e ve pelos erros que tem aqui).
o medico disse que e uma mielite, uma infecção na medula. estou fazendo tratamento com corticoides e deve levar 3 semanas para voltar ao normal. fiz mais exames, o medicvo qwuer rever meu diagnostico porque acha que pode ser esclerose multipla - diagnostico do qual estou morrendo de medo.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Carta à Lux - Minha Vida Hoje
"
Minha vida, hoje, tá assim: tenho trabalhado do mesmo jeito que sempre - 11 ou 12 horas por dia. Ainda não consigo dar conta de tudo e a cada vez que minha chefe me chama no skype acho que ela quer me mandar embora por alguma bobagem que eu fiz. Po outro lado, terminei hoje, depois de tres dias de trabalho duro, uma defesa que pode servir para todos os clientes do escritório, em vários Estados. Ficou uma peça realmente boa e tenho dúvidas se alguém, de qualquer estado, conseguiria fazer melhor. É uma idéia que, se der certo, vai projetar meu nome dentro e fora do escritório.
A verdade é que vou muito bem fazendo defesas de casos novos ou de mais de um milhão de reais, e não dou muito certo com as coisas normais do dia a dia. Teve aquela reestruturação da divisão de tarefas depois que eu perdi alguns prazos, só que a pessoa que faz agora a parte administrativa também não tem muito o perfil para isso. Seria preciso alguém com menos imaginação e mais espírito obsessivo por ordem, coisa que não tem no meu setor. Só que não vou ser eu quem vai falar isso né? Então eu tento superar isso trabalhando mais e mais, tentando apagar incêndios mas sabidamente sem evitar que eles aconteçam. Resumindo, vou me segurando, sabe Deus até quando - por enquanto minha meta é ficar até dezembro pra ganhar o 13o :P
Minha saúde está mais ou menos. Eu me sinto muito, muito, muito cansado - claro, boa parte disso é resultado do excesso de trabalho. Mesmo assim, parei de fazer natação porque estou tão cansado que não consigo acordar de madrugada; na verdade, o simples pensamento de acordar cedo me cansa. Não sei até que ponto esse cansaço todo é físico, até que ponto ainda é algum efeito do tempo que fiquei internado e até que ponto não é resultado de uma depressão leve que talvez eu esteja sofrendo. Tudo o que sei é que não consigo pensar em fazer nada além de comer e dormir.
Ainda sinto um adormecimento, e pelo que a médica que me atendeu no internamento falou, isso deve continuar. Diminuiu um pouco à medida em que diminuiu a área atingida pelo infarto na medula, mas não deve voltar 100% ao total. Lux, tenho medo de que o próximo evento desses seja no coração, ou no pulmão - o que seria um infarto do miocárdio ou uma embolia pulmonar. Dia 13 agora tenho consulta, preciso perguntar ao médico certinho qual a chance disso acontecer.
No amor, estou com a Jackeline. Nos vemos uma vez durante a semana sempre e também nos fins de semana. Esses encontros são.... não sei definir. Vejo-os quase como uma obrigação - na maioria das vezes trocaria um bom livro ou uma rodada de videogame por sair com ela. Ela trabalha todos os dias até as dez da noite, então nos vemos das dez e meia até as duas da manhã, normalmente. Isso resulta numa logistica especial, num gasto de tempo e dinheiro que tento não pensar muito, pra não chegar à conclusão de que não vale a pena. A Jackeline sofre de uma carência quase patológica - não mandar uma mensagem pelo celular até as dez da manhã com certeza resulta numa mensagem "você esqueceu de mim? tá bravo? aconteceu alguma coisa" ou algo do gênero. Bem, uma carência quase patológica parece ser a única situação em que alguém poderia chegar perto de mim, como os últimos dois anos demonstraram.
Já fizemos sexo duas vezes, e nas duas foi ruim. Na verdade, ruim não é bem a palavra - a palavra é mais "sem graça". Nas duas vezes, eu não consegui gozar (embora tenha ficado com o pau duro de forma normal). Ficamos um bom tempo assim, até que ela chega lá (ou finge, quem sabe?) e tudo termina. No final, o que sinto é que não valeu a pena esperar dois anos por nada disso - minhas fantasias são muito melhores do que isso.
Talvez porque eu tenha esperado por tanto tempo, tenha me decepcionado, do mesmo jeito que a capa de um filme é às vezes muito melhor do que o próprio filme, porque quando vemos a capa imaginamos o que queremos... E o que eu queria era fazer sexo com algo que fosse realmente especial para mim, coisa que ela definitivamente não é.
Ao menos ela não me machuca e gosta de mim, e acho que isso é mais do que eu poderia esperar. Houve um feriado no último fim de semana, e fui com ela - e toda a família dela - para a praia. Foi bastante bom, ao menos vi o mar e peguei sol, coisa que não fazia desde antes do meu casamento com a Sra. D. Aos poucos vou me acostumando ao filho dela, o Gustavo, embora na minha cabeça ele seja um pouco mimado demais para o meu gosto (mais por culpa dos avós e tios que dela própria). Mesmo assim, vim embora um dia antes do fim do feriado, primeiro porque era dia de Finados e eu gosto de ficar um pouco sozinho, mas também porque precisava de um tempo sozinho, para fazer as minhas coisas. Sinto bastante falta de ficar sozinho, sem dar satisfação pra ninguém, sem ter que mudar meus planos ou horários para ficar com alguém...
Estranho isso né? Eu não a achar alguém "especial"... ela é bonitinha o suficiente para eu mostrá-la ao pessoal do escritório, cuida de mim, gosta de estar na minha companhia, e tem uma coisa que posso falar: admiro a resistência dela, por fazer tudo o que faz e suportar tudo o que suporta. Mesmo assim, eu não a amo como esperava amar A pessoa.
Dias desses uma amiga minha insistiu pra me apresentar uma amiga dela, que "certamente a gente ia se dar bem, ela tá superempolgada pra te conhecer", esse tipo de coisa. E o que eu respondi é que seria melhor não. Do jeito que eu sou, certamente eu iria me apaixonar por essa menina nova, não ia conseguir terminar com a Jacke e o resultado seria aquele que a gente já sabe muito bem.
Aqui em casa tá tudo normal, embora não esteja exatamente bem. Continuo "emprestando" dinheiro para o meu pai, a loja dele tá correndo sério risco de despejo por falta de aluguel (o oficial de justiça já bateu lá), a grana sempre é curta. Meu irmão parece estar numa fase de calmaria desde que saiu do internamento, mas eu infelizmente aprendi a não acreditar muito nisso.
Acho que por enquanto é isso."
Minha vida, hoje, tá assim: tenho trabalhado do mesmo jeito que sempre - 11 ou 12 horas por dia. Ainda não consigo dar conta de tudo e a cada vez que minha chefe me chama no skype acho que ela quer me mandar embora por alguma bobagem que eu fiz. Po outro lado, terminei hoje, depois de tres dias de trabalho duro, uma defesa que pode servir para todos os clientes do escritório, em vários Estados. Ficou uma peça realmente boa e tenho dúvidas se alguém, de qualquer estado, conseguiria fazer melhor. É uma idéia que, se der certo, vai projetar meu nome dentro e fora do escritório.
A verdade é que vou muito bem fazendo defesas de casos novos ou de mais de um milhão de reais, e não dou muito certo com as coisas normais do dia a dia. Teve aquela reestruturação da divisão de tarefas depois que eu perdi alguns prazos, só que a pessoa que faz agora a parte administrativa também não tem muito o perfil para isso. Seria preciso alguém com menos imaginação e mais espírito obsessivo por ordem, coisa que não tem no meu setor. Só que não vou ser eu quem vai falar isso né? Então eu tento superar isso trabalhando mais e mais, tentando apagar incêndios mas sabidamente sem evitar que eles aconteçam. Resumindo, vou me segurando, sabe Deus até quando - por enquanto minha meta é ficar até dezembro pra ganhar o 13o :P
Minha saúde está mais ou menos. Eu me sinto muito, muito, muito cansado - claro, boa parte disso é resultado do excesso de trabalho. Mesmo assim, parei de fazer natação porque estou tão cansado que não consigo acordar de madrugada; na verdade, o simples pensamento de acordar cedo me cansa. Não sei até que ponto esse cansaço todo é físico, até que ponto ainda é algum efeito do tempo que fiquei internado e até que ponto não é resultado de uma depressão leve que talvez eu esteja sofrendo. Tudo o que sei é que não consigo pensar em fazer nada além de comer e dormir.
Ainda sinto um adormecimento, e pelo que a médica que me atendeu no internamento falou, isso deve continuar. Diminuiu um pouco à medida em que diminuiu a área atingida pelo infarto na medula, mas não deve voltar 100% ao total. Lux, tenho medo de que o próximo evento desses seja no coração, ou no pulmão - o que seria um infarto do miocárdio ou uma embolia pulmonar. Dia 13 agora tenho consulta, preciso perguntar ao médico certinho qual a chance disso acontecer.
No amor, estou com a Jackeline. Nos vemos uma vez durante a semana sempre e também nos fins de semana. Esses encontros são.... não sei definir. Vejo-os quase como uma obrigação - na maioria das vezes trocaria um bom livro ou uma rodada de videogame por sair com ela. Ela trabalha todos os dias até as dez da noite, então nos vemos das dez e meia até as duas da manhã, normalmente. Isso resulta numa logistica especial, num gasto de tempo e dinheiro que tento não pensar muito, pra não chegar à conclusão de que não vale a pena. A Jackeline sofre de uma carência quase patológica - não mandar uma mensagem pelo celular até as dez da manhã com certeza resulta numa mensagem "você esqueceu de mim? tá bravo? aconteceu alguma coisa" ou algo do gênero. Bem, uma carência quase patológica parece ser a única situação em que alguém poderia chegar perto de mim, como os últimos dois anos demonstraram.
Já fizemos sexo duas vezes, e nas duas foi ruim. Na verdade, ruim não é bem a palavra - a palavra é mais "sem graça". Nas duas vezes, eu não consegui gozar (embora tenha ficado com o pau duro de forma normal). Ficamos um bom tempo assim, até que ela chega lá (ou finge, quem sabe?) e tudo termina. No final, o que sinto é que não valeu a pena esperar dois anos por nada disso - minhas fantasias são muito melhores do que isso.
Talvez porque eu tenha esperado por tanto tempo, tenha me decepcionado, do mesmo jeito que a capa de um filme é às vezes muito melhor do que o próprio filme, porque quando vemos a capa imaginamos o que queremos... E o que eu queria era fazer sexo com algo que fosse realmente especial para mim, coisa que ela definitivamente não é.
Ao menos ela não me machuca e gosta de mim, e acho que isso é mais do que eu poderia esperar. Houve um feriado no último fim de semana, e fui com ela - e toda a família dela - para a praia. Foi bastante bom, ao menos vi o mar e peguei sol, coisa que não fazia desde antes do meu casamento com a Sra. D. Aos poucos vou me acostumando ao filho dela, o Gustavo, embora na minha cabeça ele seja um pouco mimado demais para o meu gosto (mais por culpa dos avós e tios que dela própria). Mesmo assim, vim embora um dia antes do fim do feriado, primeiro porque era dia de Finados e eu gosto de ficar um pouco sozinho, mas também porque precisava de um tempo sozinho, para fazer as minhas coisas. Sinto bastante falta de ficar sozinho, sem dar satisfação pra ninguém, sem ter que mudar meus planos ou horários para ficar com alguém...
Estranho isso né? Eu não a achar alguém "especial"... ela é bonitinha o suficiente para eu mostrá-la ao pessoal do escritório, cuida de mim, gosta de estar na minha companhia, e tem uma coisa que posso falar: admiro a resistência dela, por fazer tudo o que faz e suportar tudo o que suporta. Mesmo assim, eu não a amo como esperava amar A pessoa.
Dias desses uma amiga minha insistiu pra me apresentar uma amiga dela, que "certamente a gente ia se dar bem, ela tá superempolgada pra te conhecer", esse tipo de coisa. E o que eu respondi é que seria melhor não. Do jeito que eu sou, certamente eu iria me apaixonar por essa menina nova, não ia conseguir terminar com a Jacke e o resultado seria aquele que a gente já sabe muito bem.
Aqui em casa tá tudo normal, embora não esteja exatamente bem. Continuo "emprestando" dinheiro para o meu pai, a loja dele tá correndo sério risco de despejo por falta de aluguel (o oficial de justiça já bateu lá), a grana sempre é curta. Meu irmão parece estar numa fase de calmaria desde que saiu do internamento, mas eu infelizmente aprendi a não acreditar muito nisso.
Acho que por enquanto é isso."
Não Flerto Mais com a Morte, Mas Nem por Isso a Ignoro
Apenas os tolos não pensam na morte. Da mesma forma que a sombra define a luz, a morte serve para definir a vida. Memento Mori, já diziam os filósofos; sem isso, Carpe Diem não faz sentido.
Penso muito na morte. Já a desejei várias vezes; já toquei nos seus dedos apenas algumas poucas. Hoje eu a espero pacientemente, como deve ser. Vivo minha vida, aproveito os momentos, mas quando tudo fica difícil demais é o pensamento dela que me mantém firme...
A verdade é que, realmente, o que me mantém vivo são as histórias cujos finais eu quero saber. A curiosidade ainda suplanta o cansaço.
Se você acha isso tudo contraditório, é porque não me conhece o suficiente.
Penso muito na morte. Já a desejei várias vezes; já toquei nos seus dedos apenas algumas poucas. Hoje eu a espero pacientemente, como deve ser. Vivo minha vida, aproveito os momentos, mas quando tudo fica difícil demais é o pensamento dela que me mantém firme...
A verdade é que, realmente, o que me mantém vivo são as histórias cujos finais eu quero saber. A curiosidade ainda suplanta o cansaço.
Se você acha isso tudo contraditório, é porque não me conhece o suficiente.
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